A Associação Brasileira de Esclerose Tuberosa (ABET) realizou a live “Autismo e Esclerose Tuberosa”, com a participação do Dr. Sérgio Antoniuk, com o objetivo de fornecer um panorama amplo e acessível sobre a intersecção entre as duas condições. Dr. Sérgio é um renomado neuropediatra, mestre em Saúde da Criança e do Adolescente e doutor em Pediatria pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Também atua como professor adjunto do Departamento de Pediatria da UFPR e é referência nacional no atendimento a crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Durante a live, Dr. Sérgio destacou a importância do diagnóstico precoce do autismo em crianças com Esclerose Tuberosa, idealmente entre 1 e 2 anos de idade. Ressaltou que o tratamento com inibidores da mTOR (sirolimo e everolimo) tem se mostrado essencial no manejo de ambas as condições. No entanto, salientou que, apesar da melhora na comunicação e socialização dos autistas, o grande desafio está no enfrentamento das comorbidades associadas ao TEA, como ansiedade, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), irritabilidade, agressividade, dislexia, crises epilépticas e deficiência intelectual.
O médico explicou que a Esclerose Tuberosa é uma doença genética rara, de herança autossômica dominante, que afeta circuitos neurológicos ligados ao autismo, aumentando a probabilidade de desenvolvimento do transtorno. Por isso, é fundamental que os pais fiquem atentos a sinais precoces, como hipersensibilidade a sons, atraso na fala e pouco interesse por interações visuais e sociais, buscando avaliação e diagnóstico o quanto antes. Ele também abordou os fatores genéticos e ambientais envolvidos, reforçando que o risco é maior quando há histórico familiar.
Ao final, Dr. Sérgio reforçou que o tratamento para crianças com TEA e Esclerose Tuberosa deve ser individualizado e multidisciplinar, envolvendo atividades como terapia ocupacional, práticas esportivas, musicoterapia e fisioterapia. O foco é desenvolver habilidades sociais e comunicativas e reduzir comportamentos disruptivos.
A ABET reafirma seu compromisso em promover lives educativas e ricas em conteúdo, com o objetivo de seguir conscientizando, acolhendo e apoiando pacientes com Esclerose Tuberosa, TEA e suas famílias.